É o ramo da engenharia que capta e analisa dados geográficos para a elaboração de mapas. Com base em pesquisas de campo e cálculos, esse engenheiro planeja, orienta, dirige e supervisiona o levantamento, a análise e a interpretação de aspectos geográficos e físicos de uma região para produzir mapas e cartas impressas ou digitais. Ele utiliza dados de diversos sistemas, incluindo os orbitais e aéreos, e os sensores a bordo de embarcações marítimas ou fluviais. Na área de agrimensura, prepara áreas para obras urbanas, de infraestrutura hidráulica, sanitária, elétrica ou de transportes. Por meio de levantamentos em solo ou por intermédio de fotografias aéreas, satélites e aparelhos de sistema de posicionamento global (GPS), esse profissional mede as dimensões de terrenos e pesquisa as características do solo e do relevo de uma área. Seu trabalho serve de base para que engenheiros civis tenham as condições necessárias para a construção de prédios, estradas, barragens ou redes de água e esgoto ou de energia elétrica. Apto a orientar projetos de loteamento e a definir o traçado de cidades, costuma prestar consultoria para prefeituras, indústrias e grandes construtoras. Ele atua também na criação, organização e atualização de arquivos de informações geográficas e topográficas.
O mercado de trabalho
As prefeituras municipais, principalmente de cidades do interior, costumam requisitar bastante esse profissional. Ele é solicitado para atividades como fazer o cadastro técnico rural e urbano do município e também para atualizar sistemas cadastrais para a cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). As grandes obras, como construção e recuperação de rodovias e exploração de minas, também compõem um mercado interessante para o profissional. "Esse engenheiro é contratado para atuar em projetos, no sensoriamento remoto, em geoprocessamento e topografia, enfim, para fazer todo o planejamento territorial", afirma Fernando Alves Pinto, coordenador do curso da UFV. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) é um tradicional empregador do bacharel. A demanda existe em todo o país, mas é preciso se dispor a trabalhar em locais que nem sempre oferecem infraestrutura adequada. "Conviver com condições adversas é uma realidade, e o formado tem de estar preparado para isso", alerta o professor Fernando Alves Pinto.
Salário inicial: R$ 3.060,00 (6 horas diárias; fonte: Crea-SP).
Salário inicial: R$ 3.060,00 (6 horas diárias; fonte: Crea-SP).
O curso
Às disciplinas básicas das engenharias, como matemática, física e desenho, somam-se matérias de formação profissional e específicas, relacionadas com a coleta, o processamento, a análise e a representação de dados espaciais. O aluno também aprofunda conhecimentos referentes à geodésia, à topografia, à fotogrametria, ao geoprocessamento, sensoriamento remoto e cartografia. Parte da carga horária do curso é dedicada a práticas de laboratório e à pesquisa de campo. Os alunos também são ensinados a empregar as tecnologias de ponta que serão úteis no domínio de técnicas como o sensoriamento remoto e a fotogrametria digital. Em algumas instituições, é comum que os estudantes participem de projetos de prestação de serviços à comunidade. Nesses casos, eles atuam fornecendo apoio de campo em levantamentos topográficos e na regularização de terras rurais. Para se diplomar é preciso fazer estágio supervisionado e apresentar um trabalho de conclusão de curso.
Duração média: cinco anos.
Outros nomes: Eng. de Agrim.; Eng. de Agrim. e Cartografia.